3 de abr. de 2021

  • Resenha - O HOMEM ESPIRITUAL - Como se tornar um discípulo cristão espiritual


               A IMPORTANCIA dessa obra é principalmente saber o que significa estar crucificado juntamente com Cristo – e não só ter alcançado o perdão dos pecados e a salvação por causa do sacrifício e morte do Senhor Jesus; mas entender também como devemos participar dessa morte igualmente como devemos participar da ressurreição do Senhor Jesus.


    RESENHA - O HOMEM ESPIRITUAL 

    Essa obra, em seu volume 1, trata principalmente da conceituação e explicação de forma detalhada sobre o que é alma, corpo e espírito; e como devemos agir em relação à nossa alma, e em relação ao nosso espírito. (A alma é sempre uma boa serva, mas uma péssima senhora; ela não pode prevalecer sobre o nosso espírito, mas o nosso espírito deve ter o completo controle sobre a Alma..)  Através dessa obra podemos entender claramente que a nossa alma não regenerada está em conflito com o nosso espírito. E mesmo após a vivicação do nosso espírito pelo poder do Espírito Santo, ainda assim teremos sempre uma natureza pecaminosa lutando para reger o nosso corpo e a nossa mente através dos impulsos e sentimentos da alma... É essa a natureza da alma não regenerada, e a essa natureza pecaminosa a Bíblia denomina carne. A carne deve ser totalmente crucificada:

    É o Espírito quem dá vida; a carne de nada se aproveita; as palavras que Eu vos tenho dito são Espírito e são vida. (João 6:63)


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    Na obra o autor esclarece bem sobre essa vida que o Espírito de Deus dá ao nosso espírito: essa vida não vem sobre a nossa carne; a carne continua sendo carne (natureza pecaminosa e impossível de ser regenerada) todos os dias a nossa carne combaterá ferrenhamente contra a vida que o Espírito concede ao nosso espírito.


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     A carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Gálatas 5:17A

    O autor também nos leva a um nível de entendimento espiritual mais aprofundado sobre o que seja as obras da carne, as quais não são só as descritas no livro de Gálatas 5:19-21. Ele nos leva a compreensão de que devemos entender a necessidade de renunciar e largar todo o amor-próprio e afetos da alma por amor a Deus (são estas coisas também que são obras da carne: o nosso amor próprio, e o fazer o bem – ou mesmo o fazer a obra de Deus –, de acordo com nossa própria vontade apenas; porque assim damos lugar à carne, na medida em que suprimimos o querer do Espírito e não buscamos nos submeter apenas ao querer Dele).

    Através dessa obra entendemos a necessidade de não mais dependermos da nossa autoconfiança – e nem mesmo da nossa autoestima – para fazermos a obra de Deus, porque descobrimos que, de nós mesmos, não temos nenhum poder, mas devemos ser totalmente dependentes do poder do Espírito Santo em nós! Dessa forma aprendamos a não confiar em nossa própria força, mas na força que Deus possibilita pelo poder do Espírito. É com esse entendimento e nesse espírito que devemos seguir diariamente; tornando-nos verdadeira e conscientemente dependentes do poder do Espírito Santo para as nossas vitórias mais difíceis  e até mesmo para todos os nossos mínimos afazeres e cumprimentos de nossas obrigações, tal como somos dependentes da água e da comida para a sobrevivência diária.



    ***

    EXPOSIÇÃO MAIS DETALHADA EM FORMA DE RESENHA EXPLICATIVA DA OBRA:


    O HOMEM ESPIRITUAL


    Sobre o que seja a alma não regenerada e o que seja o espírito, e a divisão entre alma, espírito, e corpo, é o que o autor da obra O HOMEM ESPIRITUA trata em seu primeiro livro. 

    Sabendo isto, antes de adentramos nesse assunto, continuemos a abordagem acerca do tempo em que somos como crianças na fé:


    Antes eu ia aonde queria, e andava com quem eu queria, sendo guiado e influenciado apenas pelos meus sentimentos (emoções, paixões da alma, etc.), e não sabia o que era andar pela fé, e não sabia o que era viver para Deus em espírito...  Antes eu queria agradar a Deus do meu jeito, e cedia muitas vezes à carne por não ter a vida da alma submetida completamente ao querer do espírito. Mas quando o tempo da maturidade foi chegando, (e não necessariamente a maturidade tem a ver com cabelos brancos ou com a idade...), então, chegando esse tempo, eu entendi que era necessário me tornar verdadeiramente um cristão espiritual para me tornar vencedor em todas as áreas e questões que dizem respeito à minha sobrevivência nesse mundo conturbado e em caos, no qual há grande número de falsas religiões e onde o espírito enganador controla a mente da maioria das pessoas... Entendi também a necessidade de ter que me humilhar mais nas mãos do Senhor, e a necessidade de saber discernir e entender o Seu perfeito querer pra minha vida. Essa necessidade encontrou na obra O HOMEM ESPIRITUAL, as instruções que estavam me faltando.

    Algumas vezes nós abandonamos a direção do Espírito por não nos empenharmos em nos tornarmos cristãos espirituais; mas Ele nunca nos abandona quando revolvemos nos humilharmos e buscarmos a Deus de todo o coração.

    (...)Alcançando o entendimento sobrenatural, de que é necessário andar em espírito, então chegou o tempo no qual eu simplesmente silencio a minha alma e deixo o meu espírito descansar em Deus; por saber que somente assim ouvirei (ou discernirei) a direção que Espírito Santo determinar para mim – a qual se dá somente pela intuição espiritual.

    Agora é chegado o tempo em que se aplica a mim esse versículo:

    O vento sopra onde quer, você escuta o seu som, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai; assim ocorre com todos os que são nascidos do Espírito.”  (João 3:8)

    Ou seja, a interpretação desse versículo, diz respeito à direção do Espírito sobre nós. É o Espírito Santo que deve nos dirigir; e nossa obrigação como cristãos é buscar a direção do Espírito e nos submetermos a Ele, porque Ele é quem sabe o melhor pra nós, Ele é quem nos guiará a toda a verdade: 

    No entanto, quando o Espírito da verdade vier, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos revelará tudo o que está por vir. João 16:13

    O Espírito nos guiará e nos conduzirá ao destino que Ele preparou desde antes para nós. – Isso que significa: “Não sabe de onde vem, nem pra onde vai (...)”, pois não estamos mais sob a direção da nossa carne, não estaremos mais sob a direção da nossa alma não regenerada, não estamos mais sob o comando da carne, mas sob a direção do Espírito. Ele é quem dita as regras e nos conduz para cumprirmos o querer e propósitos de Deus para as nossas vidas. 

    Essa direção do Espírito se dá unicamente através do nosso espírito: é somente no espírito que o Espírito de Deus se comunica conosco e nos contacta.

    Entendendo que eu deva ser um cristão espiritual, compreendi também que, esse corpo no qual estamos vivendo temporariamente não mais nos pertence. Mas ele pertence ao Espírito, e a Ele deve ser consagrado perfeitamente. Na obra, O HOMEM ESPIRITUAL, temos um entendimento esplêndido sobre o que seja o corpo, e como devemos usá-lo. (Entretanto, eu discordo um pouco das instruções do escritor na parte final em que trata sobre o corpo, na qual ele enfatiza que para mantermos a perfeita saúde do corpo não precisamos de recorrer a remédios naturais e nem à ciência diante de algumas doenças... – Quanto a isso eu discordo, pois, a meu ver, a ciência também foi deixada por Deus para ser usada diante de algumas necessidades, como dor de dente, por exemplo, dor de cabeça, etc.); todavia, a explicação que diz respeito ao corpo, e de como devemos usá-lo para a glória de Deus, é de suma importância nessa obra.

    O que poucos sabem em realidade (ou não se importam em saber), é que temos um dever de consagração plena do CORPO. O nosso corpo não deve servir como instrumento ao pecado, mas também não deve servir para fazer outros pecarem por causa da má compostura e da sensualidade promovida através do mal uso do corpo, com vestimentas inadequadas por exemplo, etc. O nosso corpo é templo e morada do Espírito, é o tabernáculo do Espírito, e deve servir como santuário santo para a Sua habitação. Santo significa ser separado. O cristão deve ser separado dos costumes das pessoas mundanas, da moda mundana e satânica que conduz à sensualidade e a luxúria. Mas muitos cristãos – ainda crianças na fé –, não entendem a necessidade de consagração total do corpo, e imitam as coisas do mundo, vivendo de uma maneira que não honra nem agrada a Deus...

    O que o apóstolo Paulo disse sobre os que ainda eram crianças na fé? Ele disse que esses eram ainda carnais, não discernindo o corpo de Cristo... (1 Corintios 3:1)


    Na realidade, a alma, não sendo crucificada plenamente, ela nos levará à carnalidade e à morte. E sobre quais sejam as obras da carne é que o autor explica extraordinariamente que essas obras não são só as descritas em Gálatas 5:16-23, mas também o nosso próprio ego e o nosso amor próprio são obras da carne, por atrapalharem o querer do Espírito de Deus para as nossas vidas.


    SOBRE A OBRIGAÇÃO DEVOCIONAL DO DISCÍPULO CRISTÃO:


    A CARNE BATALHA CONTRA O ESPÍRITO:

    Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; (Gálatas 5:17)


    Leia também:

    A QUEM VOCÊ SERVE: A DEUS OU AOS DEMÔNIOS? - "SERVINDO AOS ESPÍRITOS ENGANADORES DE FORMA INCONSCIENTE"...


    O autor também explica sobre o fato de que a nossa carne não morrer nunca – como muitos pregadores costumam ensinar por aí. Pois, ainda que estejamos fortalecidos no espírito, ainda que sejamos espirituais, ainda que levemos a cabo a necessária e plena crucificação da nossa alma, entretanto, a nossa carne sempre vai estar viva, esperando a oportunidade para pegar fogo como um barril de gasolina que espera uma única faísca para se incendiar. A alma, que diz respeito também ao nosso amor próprio, aos nossos sentimentos egocêntricos e perversos, deve ser crucificada juntamente com a morte de Cristo na Cruz; mas a carne nunca morre, ela é maldita e traiçoeira, e sempre estará esperando uma oportunidade para nos dominar e nos controlar novamente.  

     O Espírito faz contato apenas com o nosso espírito; somente por intuição espiritual ou revelação é que conseguiremos entender perfeitamente o querer e a direção do Espírito Santo. – Esse é um dos ensinamentos que é de fundamental importância nessa obra: o fato de que devemos aprender o que significa realmente se tornar espiritual para conseguirmos seguir de acordo com a direção do Espírito.

    Diante dos ensinamentos desse livro, entenderemos então, de forma mais adequada, o que é ser espiritual, e como devemos nos submetermos à direção do Espírito, para não mais cedermos às influencias das emoções e sentimentos da alma que são destoantes da fé e dos sentimentos que dizem respeito ao fruto do Espírito Santo; quais sejam:

    “Mas o fruto do Espírito é: o amor, alegria espiritual, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei" (Gl 5:23):

     Assim, tornando-me mais espiritual, entendi que não mais sou “livre” como era antes; agora não sou mais dono do meu corpo para me tornar outra vez escravo do pecado e ceder às paixões que antes operavam por causa da concupiscência... Antes, quando eu era criança na fé, eu resistia ao Espírito Santo:

    Povo teimoso! Vocês têm o coração incircuncidado e são surdos para a verdade. Resistirão para sempre ao Espírito Santo? (Atos 7:51)

     Então, porque eu ainda não estava plenamente liberto(a), eu não estava também plenamente de acordo com a vontade de Deus, o qual é o próprio Espírito Santo também – o único capaz de produzir em nosso ser a regeneração.  

    ...Quando nos tornamos verdadeiramente regenerados e nascidos do Espírito, tornamo-nos também completamente libertos e livres e cheios da plenitude divina em nosso espírito...

    Antes, pois, eu pensava que estava fazendo a vontade de Deus; entretanto, eu não conhecia o que era ser espiritual de verdade: eu era como uma criança na fé, uma pessoa ainda anímica (anímica aqui é relativo à alma); e muitas das vezes resistia ao Espírito; ...eu vivia apenas conforme o meu querer – conforme o querer da minha alma, cujos sentimentos não regenerados são perversos e contrários à vontade de Deus. Antes eu imitava as pessoas ao meu redor, e me deixava ser influenciada por elas; antes eu ligava para o que elas favam, e para a opinião e ponto de vista delas; mas nos dias atuais, após os ensinamentos aprendidos nesse livro, eu caminho para alcançar a crucificação total da minha própria alma – graças a Deus!

    Esta obra, de fato, ensina-nos a entender melhor a forma de estarmos aptos a vencermos a nossa própria carne, na medida em que nos leva a conheçamos melhor a nós mesmos também. A importância fundamental dessa obra é justamente isso: ensinar-nos a nos conhecer a nós mesmos, e nos ajudar a nos submetermos ao Espírito de Deus.

    O apóstolo Paulo exortava à igreja de Corinto quanto a esse fato. Na Igreja de Corinto os cristãos tinham todos os dons, mas ainda eram crianças na fé. Eles ainda eram carnais... Eles não tinham aprendido a ser desapegados dos sentimentos da própria alma não regenerada.

    Veja-se que, ter dons não impedem que uma pessoa seja ainda carnal. O que verdadeiramente autentica se um cristão é espiritual são os frutos do Espírito produzidos por ele, e não os dons. A pessoa pode perder a graça de Deus e ainda pode continuar com os dons: pode louvar louvores que emocionam às pessoas, entretanto, esses louvores não sobem como adoração espiritual a Deus. (E eu não estou dizendo aqui que toda pessoa que se emociona ou chora seja anímica ou emocional, porque o Espírito Santo produz emoções e sentimentos puros em nossos corações, e nossa alma em equilíbrio e sob domínio do espírito reproduz esses sentimentos, os quais também podem representar anseios ou aspirações (...) Mas o crente carnal, que é criança na fé, é diferente: ele tende a viver pelas emoções e sentimentos que sentem vindas primordialmente de sua alma não regenerada, e não do espírito... O crente espiritual, no entanto, é diferente, ele se dedica a ter uma vida de constância em obediência a Deus, independente do que sinta, independentemente das circunstâncias... É bem diferente: o cristão espiritual não busca pautar sua fé pelo que sente; as circunstancias à sua volta não muda a sua forma de crer, e não abalam a sua fé; a fé dele está firmada na Palavra, e não no que sente, e não no que enxerga... Já os que ainda são crianças na fé, estes não distinguem que devem separar a alma do espírito e viver apenas em função do espírito; então eles buscam ser guiados pelas emoções, buscam sempre manifestações físicas, buscam sentir para ter confirmada a sua fé. Muitos deles vivem sempre buscando ser renovados, sempre estão precisando ser tocados por Deus, e sempre buscam algum tipo de manifestação física em seus sentidos e percepções para ter a certeza que Deus está com eles, pois ainda não se desprenderam da alma... (pensamentos do autor)

     Acontece que, quem insistir em viver apegado à própria alma acabará morrendo espiritualmente:

    Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria alma, não pode ser meu discípulo.
    E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. (Lucas 14:26,27)

    Aborrecer a própria alma é a única forma de não nos tornarmos escravos ou refém das nossas próprias vontades emuladas pela carne. Aborrecer a própria alma é renunciarmos a nós mesmos, é também se opor ao orgulho e a autoconfiança... Porque a nossa confiança deve estar sempre em Deus, e não só em nós mesmos... O que o autor nos ensina é que precisamos não só ressuscitar para viver em novidade de vida com Cristo, mas que também precisamos crucificar a nossa própria alma, com suas vontades, desejos, paixões e afetos não regenerados... Ele enfatiza que a carne nunca estará morta enquanto estivermos vivendo nesse corpo de pecado; por isso devemos nos manter em constante vigilância e não cedermos às mínimas vontades da carne.

    O que é nascido da carne é carne; mas o que nasce do Espírito é espírito (João 3:6).


    ALGUMAS COISAS SOBRE OS CRISTÃOS CARNAIS:

    Os cristãos carnais podem louvar, mas louvam muito mais com a emoção, e não com o espírito; eles podem falar em línguas, mas são línguas produzidas pela própria emoção. Os cristãos carnais, controlados pela alma anímica são úteis aos espíritos enganadores, pois eles influenciam as emoções e sentimentos dessas pessoas e as controlam... Os demônios, que são espíritos sem corpos, eles anseiam por ficar habitando nos corpos desses cristãos não regenerados, e não se importam se eles louvam influenciados pela emoção, pois esse tipo de louvor não promove libertação nem adoração genuína, mas estimulam apenas aos demais cristãos carnais a viverem influenciados por suas emoções: eles choram, se emocionam, se alegram, mas nunca conseguem ser libertos de verdade, e nunca se tornam realmente espirituais; eles estão sempre amando as coisas da alma, a qual deveria ser plenamente aborrecida e crucificada...

    Muitos são os louvores nos dias atuais que mexem só com as emoções das pessoas enaltecendo o ego delas... Um louvor cuja letra não tenha Cristo como centro e alvo de adoração não serve para o culto a Deus, não serve para adoração.

    Os cristãos não espirituais ainda não aprenderam a se desapegar da alma, do amor-próprio, e dos afetos das pessoas que também não lhes promovem edificação (sejam pais, irmãos, "amigos", etc.)... Eles vivem sendo manipulados pelo diabo, o espírito enganador e príncipe desse mundo, (Apocalipse 12:19; 2 Coríntios 11:14)... 

    Os cristãos não espirituais são também inconstantes, pois não entendem plenamente a direção de Deus – a qual se dá unicamente por meio da intuição ou revelação ministrados ao nosso espírito pelo Espírito Santo de Deus. Eles não conseguem andar em espírito, e pendem para as coisas da alma às vezes; eles vivem entre o limiar da alma e do espírito, e cedem muitas das vezes aos sentimentos e emoções da alma, pois não aprenderam a andar por fé.

    Porém, os que são espirituais são guiados pelo Espírito. É o mesmo Espírito que os orienta, inclusive quanto aos sentimentos, porque o próprio Espírito é o responsável não só por derramar o amor do Pai em nossos corações (Romanos 5:5), mas também por guardar os nossos sentimentos e pensamentos em Cristo Jesus:

    E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. (Filipenses 4:7)

    A importância de evitarmos estar apegados emocionalmente às pessoas pela alma, é para não nos tornarmos escravos afetivos, tornando-nos assim alvo fácil nas mãos do maligno, posto que, muitas das vezes, este usa as pessoas mais próximas para nos atingir emocionalmente também. Por exemplo: uma mãe pode ser aparentemente boa para um filho, mas também pode perturbá-lo psicologicamente por causa de suas atitudes más e impróprias... Um pai pode ser um exemplo de bom pai para os filhos, mas também pode decepcioná-los ou escandaliza-los, na medida em que se esquiva de assumir suas responsabilidades conjugais familiares e maltrata à própria família, etc. Um amigo pode ser “alguém bom”, mas também pode se tornar pedra de tropeço... Igualmente um pai, uma mãe, ou irmãos, podem se tornarem pedras de tropeço para quem esteja buscando se tornar verdadeiramente espiritual... O diabo nunca vai parar de tentar atacar os que são espirituais... Em virtude disso é que os espirituais são treinados pelo Espírito – por assim dizer –, para não se apegar a nada, nem a ninguém; eles sabem que aqui tudo é passageiro, e que esse mundo jaz sob o poder do maligno; eles sabem que o maligno pode usar até mesmo as pessoas mais próximas para atrapalhar a sua caminhada e progresso espiritual...

    ...Amar pelo amor do Espírito é diferente de estar apegado e ser refém emocional; o amor do Pai, em realidade, odeia e aborrece o que não agrada a Deus – é por isso que o que é espiritual deve aborrecer à sua própria alma (Lucas 14:26); porquê a nossa alma não agrada a Deus, mas foi condenada à morte por Ele (pensamentos do autor).

    Após ler este livro, O HOMEM ESPIRITUAL, e entender os ensinamentos e princípios que expus aqui de forma mui resumida, eu posso dizer que eu entendi que o propósito e o chamado que Deus tem em nossas vidas é muito mais que o mero viver sendo influenciado pelas emoções da alma, é muito mais do que se emocionar com louvores voltados para o nosso ego, é muito mais que chorar ou apenas levantar os braços, é muito mais que se vestir de uma capa de religiosidade, é muito mais que tentar se justificar diante de Deus com boas obras; é, na verdade, entender o que é realmente sacrificar e crucificar o nosso próprio eu, a nossa alma não regenerada, e nos revestir do novo, do que é gerado no espírito dia-a-dia pela ação do Espírito de Deus em nós:

    Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. (2 Coríntio 4:16)

    O autor enfatiza a questão de que necessariamente deve haver uma renúncia à própria vida da alma não regenerada e não sujeita aos princípios bíblicos, pra que seja possível o Espírito de Deus nos guiar de acordo com o Seu querer! 

     

    Helmms, Alisson



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